sábado, 10 de março de 2007



Embriologia do sistema nervoso
O sistema nervoso tem origem ectodérmica, e sua maior parte deriva do tubo neural e cristas neurais.
À medida que o tudo neural se forma três zonas distintas aparecem: a zona ependimária, do manto e marginal. As células da zona do manto originam os neurônios e as células da glia, com exceção da micróglia.





Esquema ilustrando a histogênese das células do sistema nervoso central.




A porção cefálica do tubo neural apresenta-se dilatada, sendo possível reconhecer três formações: as vesículas cerebreais primitivas, que são o prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo. O prosencéfalo origina o telencéfalo e o diencéfalo, o mesencéfalo pouco se desenvolve e o rombencéfalo subdivide-se em metencéfalo, que formará o cerebelo e a ponte, e miencéfalo que originará a medula oblonga.
O crescimento desigual da zona do manto causa o espessamento das paredes laterais da medula enquanto o teto e o assoalho continuam delgados, formando as lâminas do teto e do assoalho. A porções ventrais e dorsais das paredes laterais originam as placas basais e alares que formarão os cornos motores ventrais e os cornos sensitivos dorsais respectivamente.



Diagrama ilustrando o desenvolvimento da medula espinhal. Em A secção tranversal do tubo neural de um embrião com 23 dias. B e C com seis e nove semanas rspectivamente. Em D secção do tubo neural mostrado em A. E secção da parede da medula espinhal em desenvolvimento mostrando suas três zonas.



Da mesma maneira que na medula, a parede das vesículas encefálicas exibem também a formação das lâminas do teto e do assoalho, bem como das placas alares e basais, formando o encéfalo e mielencéfalo. No último o espessamento das paredes laterais e o assoalho originam a medula oblonga.
No metencéfalo a lâmina do teto de adelgaça e as porções dorsais das placas alares se espessam e formam a placa cerebelar, que originará o vermis e os hemisférios cerebelares.
O mesencéfalo é a vesícula que menos se desenvolve, ficando recoberta pelo cerebelo e hemisférios cerebrais. As placas alares formarão os tubérculos quadrigêmeos. A luz do mesencéfalo se estreita originando o aqueduto cerebral.
O estreitamento da luz do diencéfalo dá origem ao terceiro ventrículo. A lâmina do teto forma uma pequena evaginação que posteriormente transforma-se em um corpo sólido - a epífise. O desenvolvimento do diencéfalo origina o epitálamo, tálamo e hipotálamo.
O telencéfalo é a vesícula mais cranial do tubo neural primitivo e seu desenvolvimento origina a lamina terminalis.


As fibras nervosas que saem da medula espinhal começam a aparecer no final da quarta semana. Estas fibras se originam de células das placas basais da medula espinhal em desenvolvimento e emergem como um série de radículas ao longo da superfície ventrolateral. Os prolongamentos das células acabam por se unir e formam assim os nervos espinhais. Os doze pares de nervos cranianos formam-se durante a quinta e sexta semana do desenvolvimento.




Desenho esquemático mostrando a localização dos doze pares de nervos em um embrião de cinco semanas (A) e em um adulto (B).

A meninges derivam de células provenientes das cristas neurais e os plexos coróides, expansões constituídas por um eixo conjuntivo vascular revestido pelo epitélio ependimário, formados pela projeção das meninges para o interior das vesículas encefálicas.

fonte: http://www.forp.usp.br/mef/embriologia/nervoso.htm acessado em 10/03/2007 às 15:00.

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